quarta-feira, 3 de agosto de 2005

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(Mk, 4 Abr/05 a 15 Nov/04)

Se o tempo é dinheiro porquê é que quando temos tempo não temos dinheiro e quando temos dinheiro não temos tempo?

A razão porque não perdoamos a quem tem o seu próprio mundo é que são pessoas que nos demostram que o mundo não é apenas o nosso.

Só há um modo de ultrapassar o medo: é passar através dele. (é um modo de inteligência, a coragem é outra coisa)

A coruja levanta voo ao declinar da tarde, em Atenas
Fui espreitar o amor de verão de Bergman: todos tivemos a nossa estação inominável, raros o despertar do encantamento.
O Quase é o começo do Mito
O dia enlasguescia...
O Tempo devasta os corpos.
E o tempo mal vivido aprodece tudo o que toca
A imobilidade não é a primeira das opressões? O registo não é a imobilização? A fotografia não é o registo de algo que nos prendeu? É um ajuste de contas!
Depois do arco destendido a flecha não pode ser mudada de rumo: quando a bagagem é leve, a aventura está ao virar da esquina
do arco aberto das portas das casas demolidas
coada pela roupa estendida que esvoaça na brisa que passa
Noites, páteos antigos
Horas esquecidas
(a corça ruborizada)
A Morte é uma luz que se apaga... Ah! Manter a chama acesa!...
A ilusão pode ser pensar que somos mais do que nós próprios (o que isso nos afasta de nós mesmos!)
A palavra é um pássaro
O silêncio sufoca
Não há maior falta de rigor do que aplicá-lo ao que nada dele tem
Dizem que o bom senso é a coisa mais bem repartida do mundo: a razão, se bem que não bem, também está sempre repartida
Quem não escolhe é escolhido
Beckett:
Tanta conversa para conseguir emudecer: é de lhe tirar o chapéu!
Quem não se procura não se sonha
Metade das coisas não as queremos ver, outra metade não as podemos ver...
Procuramos um pouco e sai-nos tudo, queremos tudo e sai-nos um pouco
A pessoa é o indivíduo mais a sua consciência: coincidir comigo!
Se sabes... porque esqueces?

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