segunda-feira, 31 de agosto de 2015

31 Ago 15, seg


Tudo se conjugou para desfigurar o mundo: o escaravelho da palmeira, as mudanças da moeda, da ortografia, da língua, a alteração das leis, as guerras e as migrações, o saber o que é a arquitectura e a maneira de a fazer, o perceber na carne que nada é eterno, o rendermo-nos à ideia que a falha é redimida pela tentativa... Tudo nos arrasta para esse abismo desconhecido que é o amanhã.

(A lista, infinita, é para continuar)



sexta-feira, 28 de agosto de 2015


Tempo e calma para contemplar a paisagem interior! Onde estais?
Tenacidade.

As cicatrizes são outra forma de esculpir o corpo. E não há nem tempo nem vida sem marcas.
Eu, a parte de mim que se preserva e me envia para o mundo, só existe aqui, nas folhas do caderno. E quando o fecho, que sensação de tarefa realizada, que alívio!, a hora, o dia, até a própria vida não parece perdida. (Embora saibamos que não é verdade, que está à partida condenada, nada disso nos importa e esse sentimento é leve e veloz como a liberdade).