Cada vez tenho menos medo.
Ainda hei-de chegar a não ter medo nenhum.

Rendo-me à poesia.
À morte da linguagem.
À ligação directa.

uma luz nas trevas:
O barco só anda com a proa fora de água.

Á memória da Vitória

PAN, o repouso na glória.

Onde estais, tempos de glória?
Tempos de graça que vi vi
como quem anda sobre o vazio
até se aperceber dele.

DIVINA COMÉDIA

Cada vez mais conectados, pululando
entre nuestras heridas
y las que asestamos nosotros.

Cada vez más conectados y más ocupados
en que nos toque nadie,
y menos con la mirada.

Cada vez más conectados, más
hacia las formigas. Hacia dónde excavamos
en el universo plano?

Invisibles
e (acaso?) inexistentes
multimillones de perdidos.

En la ciudad?
En el campo?
En el cielo?

Inferno?

No me encuentro en mí misma.

Zhivka Baltadzhieva  

Crueldade: uma gaiola no jardim. E o pássaro lá dentro.

Meditações matinais.
Ainda que tudo seja uma merda, o mundo é belo.

Sim, é aí que está o animal despojado, que estão os seres decapitados, e é até onde a pulseira electrónica alcança…