sexta-feira, 31 de outubro de 2008


De uma forma ou outra acabamos sempre que prestar contas, portanto, se tens alguma coisa a fazer, fá-la imediatamente!

depois de teres reavido o teu tempo, nunca te esqueças do que te custou teres prescindido dele, ainda que temporáriamente...
O livro mais cheio é o livro mais bonito!
Querer compreender tudo... que ambição!
Fazer as perguntas e dar as respostas, que tentação!
As palavras vão como dardos e regressam como suaves marés ou violentos furacões....

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Chegou o Outono,
(é bem verdade que o Outono é a estação da separação...)
O chão está juncado de folhas....

domingo, 26 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

para viver tem que se correr risco de vida....
(Hoderlin mais uma vez: «quanto maior é o perigo, maior a hipótese de salvação»)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ohnitram: Cantos do Amor e da Guerra

O meu cão, o meu Rex, era uma metáfora:
A ternura pode matar-nos...
Esqueceu-se dele mesmo, da força que tinha, acabou morto e emboscado por vários inimigos...
(no meu peito os amigos nunca morrem, Hoderlin disse-o melhor)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

sem título


nem sequer dá que pensar: era previsível, não é o socialismo na gaveta, é o socialismo na sargeta!
É voluptuoso andar sem destino

Ohnitram

Como posso eu estar sozinho?
Há uma multidão dentro de mim...
O Prazer é a tocha que ilumina a nossa marcha
Não mudamos, só a paisagem corre vertiginosa
Os cacos dos cenários estilhaçam-se sob os nossos pés
Mas não há outra saída:
O Sentido é Seguir....

* * * * *
A recusa da temporalidade como progresso conduz-nos ao eterno retorno?
Ou é possível conciliar os dois sentidos?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

o passado pesa nos braços

Há quem esbraceje para se afirmar em vida, como se o reconhecimento os compensasse dos ferimentos que infligem e que sofrem, mas há tantos – quiçá os melhores – que em vida já são eternos!

equívoco

eu não desenho, eu sou o desenho

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Séneca, Livro I, «Cartas a Lucílio»,

(não aprecio citações, mas esta vem a propósito)
1
Procede deste modo, caro Lucílio: reclama o direito a dispores de ti, concentra e aproveita todo o tempo que até agora te era roubado, te era subtraído, que te fugia das mãos. Convence-te que as coisas são tal como as descrevo: uma parte do tempo é-nos tomada, outra parte vai-se sem darmos por isso, outra deixamo-la escapar. Mas o pior de tudo é o tempo desperdiçado por negligência. Se bem repararares, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte não agimos nada, durante toda a vida agimos inutilmente.
Podes indicar-me alguém que dê o justo valor ao tempo, aproveite bem o seu dia e pense que diariamente morre um pouco? É um erro imaginar que a morte está à nossa frente: grande parte dela já pertence ao passado, toda a nossa vida pretérita é já do domínio da morte!
Procede, portanto, caro Lucílio, conforme dizes: preenche todas as tuas horas! Se tomares nas mãos o dia de hoje conseguirás depender menos do dia de amanhã. De adiamento em adiamento, a vida vai-se passando.
Nada nos pertence, Lucílio, só o tempo é nosso. A natureza concedeu-nos a posse dessa coisa transitória e evanescente da qual quem quer que seja nos pode expulsar. É tão grande a insensatez dos homens que aceitam prestar contas de tudo quanto -- mau grado o seu valor mínimo, ou nulo, e pelo menos certamente recuperável -- lhes é emprestado, mas ninguém se julga na obrigação de justificar o tempo que recebeu, apesar deste ser o único bem que, por maior que seja a nossa gratidão, nunca podemos restituir.
(.........)
Vale (lit. «passa bem»)

Ohnitram (com a devida vénia à margarida e ao avelino)

Oh, se nos falta o tempo e só porque não fazemos o que temos que fazer...!
Ai como é bom, quanto ele está do nosso lado...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

certeza

a verdade é sempre profiláctica, o problema é saber o que é a verdade

liberdade

porque raio esqueceremos que somos sempre livres?
Sartre diria que estamos condenados a ser livres, mas por outro lado, pergunta-se quem anda perdido, o que fazer com a sua liberdade?... ah! mas... quem está à altura da sua liberdade, esse voa...

o tempo e o modo

a beleza salvará o mundo, pelo menos o meu!