terça-feira, 13 de setembro de 2005

memorial

Pensar que foi mal pensado dá sempre margem de manobra,
Enquanto houver espaço para pensar, a vida pode ser transformada

À Olga Quintanilha:
(não sei cantar aos mortos como Hölderlin,
...mas sei que moram no meu peito)
Abalou... e abalou-me. Não partiu, partiu-se.
(Não, não é mais uma que parte,
Pelo contrário, ...não se tratam de carneiros!...)
Partiu-se: era frágil tanto quanto mais forte parecia...
Vencer a morte não é uma questão de combatividade
Pelo contrário, se assim fosse ela tinha vencido...
Inesquecível!
É simplesmente assim que se vence
(que ela venceu)
a morte.

Diz o asceta a si mesmo

Até aonde irei por um pouco de volúpia?
E também:
A morte tira o medo a qualquer um.
E ainda:
O desespero é de um certo mau gosto..., não sei se me faço entender.

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

golfada

As pessoas nem ligam ao que têm escrito nas t-shirts: não há melhor exemplo da falta de dinheiro nem da falta de consciência, (ia a escrever, inconsciência -- mas isso é, novamente, outra coisa), com que vivem.

Andar com escritos(!), com desenhos (!), é ser uma carta com endereço!

A inconsciência pode ter o valor da acção (de uma aceleração!). Confesso que tenha algumas saudades, isto da plena consciência dá cá uma destas dores de cabeça!

O Túnel de Sabato é um pensamento por imagens que compartilho...

O snobismo pode ser o cultivo da diferença ou a sua inexorabilidade (inclino-me mais para esta última hipótese)

O Emprego mata-me (primeiro engorda-me); esta sociedade asfixia-me; estes atrasados mentais justificam as piores medidas (o mal é ter pena deles, e o pior pensar que são pessoas como nós...)