segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Como a barbatana do tubarão
a recortar o tampo do mar,
Como a lâmina a enterrar-se
na manteiga,
Como a porta a romper
o muro
A aparição aparece
E resplandece!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A convicção está para a verdade, o possível, o real, como o leme para o barco no meio das ondas...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um buraco para o vazio para onde levanto os olhos… que milagres se solidificaram lá em cima? Quantos olhos me poderiam contemplar de lá sem se aperceber de como estão suspensos no vazio?

Cá em baixo as pessoas circulam entre as mesas como a água (ou o sangue) entre as pedras. E há quem se ponha em bicos de pés para alcançar a prateleira donde retira o livro que quer. Outras colocam-no no regaço, como se põe um gato ao colo, para o afagar com os olhos.

Aquele ali escreve, aquele sou eu.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Há certos momentos da vida que são como aqueles em que amorosamente se cria um enquadramento, se capta o único ou o irrepetível e depois, quando enfim chegamos à revelação ou ao desvelamento... o filme está em branco, o cartão desmemoriou-se!! (Aconteceu-me hoje). É preciso um certo desprendimento, um certo distanciamento para encaixar. É preciso perceber que momento fixado é momento passado. E o amanhã começa hoje.

(Uma das fotos era de uma frase de Frida K. : "(...) Só morre quem nunca viveu."

sábado, 12 de novembro de 2011

Um olhar que nos prende, são os deuses que nos exigem!

O olhar é o seu arauto e mensageiro! Tão certo como ser o destino do pássaro a boca da serpente que o fixa…

Não estou interessado na literatura.

É contra o vento que se acende a chama!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Lidar com as ilusões é um caminho estreito: não as ter é a condição da certeza mas é impossível prosseguir sem elas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tantas respostas para a mesma pergunta...

Os meus novos olhos vêem o mundo de maneira diferente.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Deve ser do tempo.
Irrito-me com tudo e não acredito em nada.

Têm-se mais respostas quando se ouve do que quando se fala.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desde que me conheço que os tempos nunca foram o que eram.

Um dia o filme acaba, saísse para o intervalo e já não se regressa…

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Frequentemente as pessoas acusam as outras do que elas mesmo são. É uma forma de cegueira e de se libertarem do que criticam em si sem serem capazes de o reconhecer.
Do devir, o que interessa não é apenas aquilo para o qual estamos preparados mas antes aquilo a que nos entregamos. Por outras palavras, do devir o que interessa é o que vem não aquilo de que estamos à espera...
O alargamento do conhecimento pode ser tão vertiginoso quanto a natureza do conhecimento.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Os deuses enlouquecem quem amam!
A realidade é complexa, as abstracções é que são simples.
Só que o simples não é fácil.
Há todas as razões para sermos bons: os infelizes tornam-se maus…
(Tudo o que abrange mais do que uma pessoa é relativo).
E, muito importante, quando estivermos completos estaremos prontos!

Confunde-se frequentemente a recusa com o medo.

Será que quem melhor desfolhou a alma humana tinha razão e aquela a quem ofereceria a maça de Páris é a mesma que leva os homens à loucura? A Graça é o toque divino!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Como varrer os fantasmas entre mim e os meus sonhos?

Escrevemos sempre as mesmas coisas mas que o façamos sempre de modo diferente.

Eu sei que a vida não é só sonho mas que o exclua parece-me um pouco excessivo.

A conquista do tempo é a sua abolição

terça-feira, 23 de agosto de 2011

(verdadeiras férias)

Para compreender a natureza é preciso contemplá-la: presenciei três epifanias, três peixes desnorteados, agitando-se nos estertores da agonia, abandonados pelo espasmo do mar num banco de areia à beira de uma língua de água que o mar tinha deixado para trás na vazante. Dois, postos em contacto com a água da lagoa, descobriram num ápice o caminho do oceano. O terceiro optava invariavelmente pelo caminho errado rastejando pelo banco de areia fora, entre os dois espelhos de água e só quando projectado bem alto, relampejou e mergulhou nas águas para nunca mais ser visto. Julgo que o que quase o perdeu foi a memória do mar aberto. A segunda transcendência foi acompanhar os volteios de um bando gigantesco de gaivotas suspenso linearmente da linha de precipício das arribas.

Por fim, o pôr-do-sol, uma bola de fogo cruzando-se e enterrando-se no horizonte rectilíneo do mar (para nascer outra vez, noutro lugar).





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Escrever resume-se a desabafar.
Mas já que desabafamos que demos asas às palavras para que voem sozinhas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Divagações

Todos os fundamentalismos comportam uma certa dose de estupidez; bem sei que não é possível, sem alguma cegueira e sem alguma estupidez, optar e prosseguir. Mas até na cegueira gosto de ser eu a escolher e não os outros por mim. Se pertencesse a algum rebanho seria sempre o dos que não fazem parte de nenhum rebanho…

Divagações

Da juventude: ou se tem ou se teve (não há meio termo): nunca se conquista, nunca se descobre fora de nós. Quanto muito guiados pela vontade de viver redescobrimo-la, sufocada, no nosso interior…



segunda-feira, 25 de julho de 2011

É a violência que é obscena, não o amor.

"Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violência é praticada em plena luz do dia."
John Lennon

sábado, 23 de julho de 2011

Os favoritos dos deuses morrem cedo!

Há os que morrem e não morrem e os que vivem e... não vivem!

(Quem poderá explicar são os deuses...)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Hoje:

Primeiro propósito: marcar objectivos (nunca a mais de vinte e quatro horas!).

Mas é possível estar nesta vida de boa fé?

Estou cansado de que me tentem convencer.

O rigor é divino.

Esta (não sei qual) é uma frase de duplo sentido, como todas as boas frases.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

domingo, 10 de julho de 2011

Sim, sou um arquitecto: atrás de mim deixo ruínas.

A verdadeira arte não é um objecto é uma ponte para os objectos!

O espelho é muito importante! Já te viste ao espelho?

Não foi a moeda que desvalorizou, foi toda a sociedade.

A vida dá imenso trabalho!

Já não quero ser percebido!!

Sei lá o ano em que nasci!

O barco só anda enquanto tiver a proa fora de água.

Tudo vai dar no mesmo.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Hoje, sobre mim, duas imensas nuvens como gigantescos flocos de algodão.
A recusa da matéria: a partir de certo ponto é impossível calcar mais.
Amar sem condições é a única forma de amar.
(É assim que se ama a vida). E a única forma de estar preparado é estar preparado para tudo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A vida é um barco ondulando na maré,
E ai de quem não põe um laço no marco do cais.
(O medo são velas que o vento esfrangalha)
E comigo, e contigo, poucos seguirão viagem...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A distância que vai entre o nosso corpo e a pele que o recobre é a diferença entre o ser e o parecer, e não vale a pena pensar no que os outros pensam, trata-se de conhecer e ser o que somos e nada mais (e já não é pouco...). Nada tem a ver com construções (nem sequer de nós próprios, coisa tão ociosa...)

terça-feira, 24 de maio de 2011