terça-feira, 16 de agosto de 2005

Da ordem do dia

(daqui não posso fugir)
Queres ou não queres?
Ganhar-me, é so disso que trata. Aqui, ali... sempre que um tempo tem um lugar. É isso que eu quero, ir para o sítio onde todas as paisagens são dignas de ser desenhadas... Recriar o grande tambor interno, (ouvir no cimo dos montes o Grande Pã...): a velocidade do sangue nas veias, o troar do coração e o seu eco na cabeça entre as mãos ou num qualquer desfiladeiro ou garganta... E, sobre tudo isto, como um nevoeiro que sobe do mar para a encosta e que faz distender desde o frondoso arvoredo até à mais humide das ervas, a inefável golfada de vida e de oxigénio, húmido, brilhante...
Nunca sabemos tão bem o quanto amamos a vida do que quando começamos a constatar que para a viver como ela a merece a teríamos que viver muitas e muitas vezes.
Queres ou não queres?(...este alguém só fala quando interpelado mas a sua voz altera, e é necessária.)

1 comentário:

Jorge Lima Alves disse...

«Nunca sabemos tão bem o quanto amamos a vida do que quando começamos a constatar que para a viver como ela a merece a teríamos que viver muitas e muitas vezes». É isso mesmo. Faço minhas as tuas palavras. O teu blog está cada vez melhor!