Cravo cada dia no dorso da
semana e subo
Quando chego ao alto da
colina despejo o balde
Para no vale na
segunda-feira seguinte
Sem me afogar o voltar a
encher
A corda soltou-se da
roldana
A luz vem do alto com
estrondo
Antes que o alçapão se
feche
Enclausurando-me com os
meus demónios
Tenho que sair do poço
São sempre frios os dias de
cinzas
O desencontro alargou-se à
terra inteira
A luz já não aquece
Ouço os meus passos no meio
da seara
Que ondula e arrefece
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