segunda-feira, 18 de março de 2013


Hoje, recordou-me a minha médica a pergunta que lhe tinha feito:
"-- Se não soubesse a idade que tinha que idade diria que teria?"
Vejo o meu corpo como a minha casa, a minha casca. Se eu for muito mais novo que a minha casa pouco faltará para a entender como uma prisão. O corpo pode ser esculpido, posso varrer o chão que os meus pés pisam. Mexendo-me, liberto-me da velha pele, como as serpentes. E concluo que os pés e os olhos são quem nos liberta, quem nos conduz à saída. Provisória, como tudo o resto. Mas temos que viver com isso.


A saída (que é o reverso da entrada) é o desafio de todos os labirintos...





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