quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Voltei a encontrar a sépia da minha juventude: naquele tempo acreditava que o que se escrevia verdadeiramente se escrevia com o sangue. O mais próximo do sangue seco é a sépia.

Hoje, já me esqueci da importância do sangue.
Já me esqueci que tudo é simbólico: que qualquer parte da vida, por pequena que seja, a compromete na sua totalidade.

Talvez fosse por isso que o António Pina dizia que quando compreendia tudo o que umas palavras diziam era porque faltava alguma coisa.

(Qua, 13 Out 21)

Sem comentários: