sexta-feira, 15 de novembro de 2013



Quero manter-me longe… longe e solitário. Esconder-me bem, à vista de toda a gente. Cruzo-me com uma legião de gente só. A vida contemplativa é outra vida, outra via. Vou ao cinema como quem, em tempos, mergulhava na leitura e se abstraia de tudo. Às vezes penso no sono da mesma forma mas, quer o despertar, quer a recordação dos pesados pesadelos, tornam-no amargo: não há verdadeiro repouso, nem poiso,  nem sequer a benção do esquecimento. As coisas empurram-me para outro lado, para o sonhar acordado. Como se o sonho fosse desse domínio e o restante fosse da responsabilidade do pesadelo. A indiferença e a distância é que podem coar os meus dias.
As pessoas escondem-se de si, nos outros. 



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