domingo, 17 de novembro de 2013



  […] Jodoigne, 17 de Maio de 1979

Represento o que vivo.
Exemplo:
Vou limpar a casa e imagino-me uma criada.
Vou escrever e imagino-me um escritor, mais do que realmente sou. Alguém que vive e viverá não deixando nunca de escrever, de estar na espuma do tempo. Hoje não sabia se um autor de um livro ainda estava vivo ou se já tinha morrido. Alguém de quem pode apenas constatar-se os efeitos. […]

e ainda:
[…] O maior elogio que posso fazer-lhe é que, a meu lado, me deixa a liberdade de estar só; […]

Maria Gabriela Llansol, NUMEROSAS LINHAS, Livro de Horas III

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