segunda-feira, 30 de março de 2009















...e enganar-se a si próprio não é possível sem o querer. Por outro lado, Goethe diz - e concordo -, que nunca somos enganados, nós é que o queremos ser. Curiosa coincidência. Quer em um caso quer no outro, pela nossa volição. Porquê? O que está por detrás dessa vontade? O que é que ela significa?
No primeiro caso, que é entre nós, é claramente uma perca de tempo porque acabamos sempre por nos apanhar em falso a nós mesmos, mais tarde ou mais cedo. E quanto mais tempo passar mais perderemos...
No outro caso, a relativo a nós e aos outros, pode ser uma barreira contra a desilusão e, talvez mais importante, corresponder a um anseio pouco esclarecido.
Em resumo, e no que respeita a nós mesmos, o adiamento é uma forma irreformável de engano, pois o tempo perdido nunca nos é devolvido. Quanto ao receio da desilusão, julgo que tem a ver com a falta de confiança nos nossos sonhos e se prenderá com o facto da ilusão ser a falta de lucidez do nosso sonhar... (é bom que mergulhemos no mais fundo de nós, e aí criemos as fundações e os alicerces do que verdadeiramente sonhamos...)
Oh! Conhecer os nossos sonhos! Saber porque os temos...

1 comentário:

Jorge Lima Alves disse...

Pois, na altura em que vi o teu blog ainda cá não estava este post com esta fotografia. É muito gira, com efeito. Abraço!