quinta-feira, 5 de setembro de 2013



"[…]… Os novos não sabem que a experiência é uma derrota e que é preciso perder tudo para saber um pouco. (…) Já não ser escutado: é isso que é terrível quando se é velho. Condenaram-no ao silêncio e á solidão. Faziam-lhe notar que ia morrer em breve. (…) De repente descobre que o amanhã será semelhante, e depois de amanhã, todos os outros dias. E a irremediável descoberta esmaga-o. São ideias como esta que nos fazem morrer. Há quem se mate por não poder suportá-las (…) E há uma espécie desesperada de coragem na lucidez e na recusa de amar. […].


descontextualizando do "O Avesso e o Direito", de Camus


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