quinta-feira, 31 de maio de 2012

Que bonita manhã de Outono!
É impressionante pensar que todas (estas) pessoas, no seu íntimo, não têm idade. Tanto como pensar que todas vão morrer. Claro que todas têm a decadência à espreita, incontornável. Mas fora isso, todas têm a idade – o que é a idade? – que a sociedade lhes impõe e inculca. Daí o insólito de um velho vestido como um adolescente (caso cada vez mais frequente) o que, por outro lado, nos recorda o convencionado próprio da imagem, tal como o provérbio “o hábito faz o monge” sublinha. Também é aqui interessante notar os dois significados, e respectivas correlações, da palavra hábito.
Sabendo que o espírito é em grande parte destilado pelo corpo não sendo dele independente, podemos melhor com o seu carácter perene contemporizar se formos capazes de abdicar do prazer que mata (que só conseguimos gozar enquanto somos e formos imortais) renegociando o prazer e, situando esses episódios, estabelecer a nossa própria história.
 (a desenvolver)

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