quarta-feira, 22 de março de 2006

Os sonhos de fio a pavio

«Os sonhos são como os deuses. Esquecem-se, não se matam.»
Gracinha, a artista do Burlesco
[O desabrochar e o murchar dos sonhos]
Morremos com os nossos sonhos; morremos à medida que eles morrem e, ao mesmo tempo, acompanham-nos até à morte...
[Ao mesmo tempo]
O que tenho sonhado:
Sonhos, a vogar como castelos,
No próximo e alto céu,
Passam corcéis à desfilada.
A nuvem desaparece:
As nuvens voltam sempre.
Vou destilando sonho a
sonho a vida
e pingo a pingo
o escrito e o desenho.
Usar a mão
Não é só uma carícia
É passar a limpo
A vida
interfere sempre
De fio a pavio

1 comentário:

Jorge Lima Alves disse...

«A memória é tudo», dizem os que não têm imaginação. Um abraço!