Sou completamente infantil ao acreditar que o tempo se suspende para possibilitar a correspondência no amor. Decorre esta atitude da crença na sobreposição do que verdadeiramente interessa relativamente à ganga dos dias.
Cada vez que manuscrevo - a verdadeira forma de escrever - lembro-me do meu primo, que era mais velho do que eu (e que partiu com uma idade muito, mas muito, menor do que a que hoje tenho), que enfrentava a realidade pela sua própria cabeça e me dizia: a ponta da caneta deve deslizar sem interromper o seu curso. Mais tarde, pode voltar para completar o necessário.
Só muito tarde, demasiado?, percebi que a escrita não é um meio é um fim.
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