quinta-feira, 28 de julho de 2005

no caderno

(na caverna, com os cumprimentos a Platão)
Da solidão estou bem informado: é bem característico das trevas que envolvem as situações de estar só e de estar sòzinho que ambas, sendo tão diferentes e até por vezes opostas, constituam a mesma entidade, precisamente a solidão.

A perfeição (o que penso ser a arete dos gregos que sem dúvida é algo mais, mais perto da plenitude) é a nossa terceira pessoa: algo que pode ser o resultado do diálogo connosco próprios.

Catão, citado por Hanna Arendt: «Nunca ele está mais activo do que quando nada faz, nunca está menos só que quando a sós consigo mesmo»

A propósito, o travo da liberdade nunca nos aflora mais os lábios do que quando nos sentimos realmente sós (e, porque não? nós!)

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